segunda-feira, 26 de março de 2012

Revisão da Estrutura Curricular


Revisão da Estrutura Curricular
26/03/2012
O Ministério da Educação e Ciência apresentou hoje a versão final da Revisão da Estrutura Curricular 
que entrará em vigor no ano letivo de 2012-13. Esta versão resulta do diálogo iniciado com a 
apresentação da proposta, em dezembro de 2011. 
Promovemos uma consulta pública, recebemos contributos variados e valiosos, procedemos à sua 
análise. Apresentamos agora o que consideramos melhor contribuir para o progresso do ensino e para 
a promoção do sucesso escolar. Destacamos o grande interesse público neste debate, nomeadamente 
a receção de mais de 1600 contributos na plataforma estabelecida para o efeito, e de pareceres, 
nomeadamente do Conselho Nacional de Educação e do Conselho de Escolas.
Continuamos assim a preparar o futuro sem precipitações, tendo em  conta os recursos existentes, 
garantindo a qualidade do ensino, o equilíbrio do sistema educativo, a autonomia pedagógica e 
organizativa das escolas. Orientamo-nos por valores fundamentais, nomeadamente, o esforço 
individual e coletivo, o trabalho, o rigor e a qualidade do que se aprende. Deste modo, avançamos na 
concretização dos princípios para a Educação estabelecidos no programa do XIX Governo 
Constitucional. 
As medidas agora tomadas visam três aspetos fundamentais: 
1. a atualização do currículo, nomeadamente através da redução da dispersão curricular; 
2. a melhoria do acompanhamento dos alunos, com uma melhor avaliação e a deteção 
precoce de dificuldades;
3. o aumento decisivo da autonomia das escolas na gestão do currículo e numa maior 
liberdade de escolha das ofertas formativas.
1.ATUALIZAÇÃO DO CURRÍCULO
A redução da dispersão curricular concretiza-se no reforço de disciplinas fundamentais, tais como a 
Língua Portuguesa, a Matemática, a História, a Geografia, as Ciências Físico-Químicas e da Natureza. 
Concretiza-se também pela promoção do ensino do Inglês, mantendo a pluralidade de oferta de 
Línguas Estrangeiras, bem como as Expressões. Mantém-se a Educação para a Cidadania como 
intenção educativa em todas as áreas curriculares, mas não como disciplina isolada obrigatória, e 
acentua-se o seu caráter transversal. Esta revisão permite às escolas consolidar a autonomia 
pedagógica e organizativa, conferindo-lhes a capacidade de tomar decisões em continuidade e 
harmonia com as do Ministério.

Ao longo do Ensino Básico e Secundário, serão tomadas as seguintes medidas:
 reforçar as áreas disciplinares fundamentais;
 afirmar a identidade de disciplinas que se reúnem sob a designação de Expressões (Educação 
Visual, Educação Musical, Educação Física e Educação Tecnológica);
 garantir uma aprendizagem mais consolidada da Língua Inglesa, tornando-a disciplina 
obrigatória ao longo de um mínimo de 5 anos;
 reforçar o caráter transversal da Educação para a Cidadania, estabelecendo conteúdos e 
orientações programáticas, mas não a autonomizando como disciplina de oferta obrigatória.
Serão tomadas as seguintes medidas no 2.º ciclo:
 substituir Educação Visual e Tecnológica pelas áreas disciplinares de Educação Visual e de 
Educação Tecnológica, cada uma com o seu programa próprio e cada uma com um só 
professor;
 manter a atividade experimental nas Ciências da Natureza, a realizar com toda a turma.
Serão tomadas as seguintes medidas no 3.º ciclo:
 apostar no conhecimento científico através do reforço de horas de ensino das ciências 
experimentais;
 alterar o modelo de desdobramento de aulas nas ciências experimentais, através de uma 
alternância entre as disciplinas de Ciências Naturais e de Físico-Química;
 oferecer, nos 7.º e 8.º anos, uma disciplina, por decisão da escola, de acordo com o seu 
projeto educativo;
 valorizar o conhecimento social e humano, reforçando as horas de ensino nas disciplinas de 
História e de Geografia;
 antecipar para o 7.º ano a aprendizagem das Tecnologias de Informação e Comunicação, 
garantindo a alunos mais jovens uma utilização segura e adequada dos recursos digitais e 
proporcionando condições para um acesso universal à informação;
 manter a oferta de uma segunda língua estrangeira;
Serão tomadas as seguintes medidas no Ensino Secundário:
 reforçar o ensino do Português, tendo em especial atenção a melhoria da capacidade de 
expressão oral e escrita do aluno; 
 manter o reforço da carga horária nas disciplinas bienais da formação específica de Física e 
Química e Biologia e Geologia;
 manter duas opções disciplinares anuais.

2. MELHOR ACOMPANHAMENTO DOS ALUNOS
O acompanhamento e a avaliação dos alunos são fundamentais para o seu sucesso. Serão garantidos 
através das seguintes medidas:
 implementar medidas que incrementem a igualdade de oportunidades, de homogeneidade 
relativa em disciplinas estruturantes, ao longo de todo o Ensino Básico, atendendo aos 
recursos da escola e à pertinência das situações; 
 fomentar, no 1.º ciclo, a coadjuvação nas áreas das Expressões, por professores de outros 
ciclos do mesmo Agrupamento de Escolas, que pertençam aos grupos de recrutamento destas 
áreas; 
 promover no 1.º ciclo um acompanhamento mais eficaz face ao desempenho dos alunos, 
através de apoios específicos;
 dar continuidade ao Apoio ao Estudo no 1.º ciclo, a par das outras atividades de 
enriquecimento curricular;
 prestar um maior acompanhamento aos alunos, através da oferta de Apoio Diário ao Estudo 
no 2.º ciclo. Esta oferta é obrigatória para as escolas e de frequência facultativa para os 
alunos indicados pelo Conselho de Turma e os encarregados de educação; 
 promover o rigor na avaliação obtendo dados fiáveis sobre a aprendizagem, através da 
introdução de provas finais no 4.º ano e da sua manutenção no 6.º e no 9.º ano, a Português 
e a Matemática.
3. REFORÇO DA AUTONOMIA PEDAGÓGICA E ORGANIZATIVA DAS ESCOLAS
As escolas mobilizam-se no sentido de desenvolver o ensino, tendo em conta os objetivos e os 
conteúdos definidos nas Metas Curriculares e nos Programas disciplinares. Para este efeito, deverão 
atender às suas especificidades e necessidades e aos fatores que as enquadram e condicionam, 
selecionando, entre outros aspetos, as metodologias e a duração dos tempos letivos que se afigurem 
mais apropriadas. 
No desenvolvimento do currículo, assume particular importância a promoção da autonomia 
pedagógica e organizativa das escolas. Estas aplicam o currículo e completam-no tendo em atenção 
os princípios gerais estabelecidos. A sua aplicação deverá adaptar-se às características dos alunos e 
das escolas. O ensino deverá acolher e criar condições a todos os alunos, tanto para colmatar 
dificuldades de aprendizagem como para desenvolver as suas capacidades. Pretende-se também que 
em cada escola se valorizem as experiências e as práticas colaborativas que conduzem à melhoria do 
ensino. 
A autonomia permite às escolas implementar projetos próprios, ao mesmo tempo em que potencia a 
sua capacidade de melhorar, contando com os recursos humanos e materiais de que dispõem. Por um lado, induz compromissos que devem promover um ensino de qualidade, por outro implica a 
responsabilização pelas opções tomadas e pelos resultados obtidos.
O Ministério da Educação e Ciência pretende operacionalizar os princípios consagrados no regime de 
autonomia, articulando-o com o desenvolvimento curricular, conferindo maior flexibilidade na 
organização  das atividades letivas, aumentando a eficiência na sua distribuição e valorizando os 
resultados escolares, nomeadamente através das seguintes medidas:
 conceder um crédito de horas, em função de fatores tais como a eficiente gestão de recursos 
e o número de turmas, considerando ainda os progressos e resultados escolares alcançados;
 flexibilizar a duração das aulas segundo o critério de cada escola, removendo a 
obrigatoriedade de organizar os horários de acordo com tempos letivos de 45 minutos ou de 
seus múltiplos;
 estabelecer um mínimo de tempo por disciplina e um máximo total de carga curricular, 
dando autonomia às escolas para distribuir cargas letivas que facilitem o estabelecimento de 
padrões ou soluções que permitam atingir objetivos pré-estabelecidos em determinadas 
disciplinas; 
 possibilitar ofertas de componentes curriculares complementares com carga flexível, a serem 
utilizadas com o crédito da escola, nomeadamente a Educação Cívica, a Educação para a 
Saúde, a Educação Financeira, a Educação para os Media, a Educação Rodoviária, a Educação 
para o Consumo, a Educação para o Empreendedorismo e outras.
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O Ministério da Educação e Ciência continua a trabalhar no sentido de tomar medidas para a 
aprofundamento da revisão curricular, nomeadamente:
 na definição de objetivos claros, rigorosos, mensuráveis e avaliáveis, através da elaboração 
de novas metas curriculares e de uma revisão e possível reformulação de programas;
 na atualização do leque de opções da formação específica, no Ensino Secundário, tendo em 
conta o prosseguimento de estudos e as necessidades do mercado de trabalho;
 no reforço e melhoria das ofertas vocacionais e profissionais;
 na melhoria da orientação escolar e profissional. 
O Ministério da Educação e Ciência está ciente de que a revisão em curso é decisiva para o futuro da 
educação em Portugal e só pode ser concretizada com o empenho e a dedicação dos professores, dos 
alunos, dos encarregados de educação e de toda a comunidade educativaANEXO
A revisão da estrutura curricular concretiza-se nas seguintes alterações às matrizes curriculares 
atualmente em vigor. Os tempos assinalados nas grelhas anexas são indicados na unidade de 45 
minutos, ficando ao critério de cada escola o estabelecimento de  outra unidade, assim como a 
adaptação aos limites pré-estabelecidos, mínimo por disciplina e máximo por carga curricular. 


ANEXO
A revisão da estrutura curricular concretiza-se nas seguintes alterações às matrizes curriculares
atualmente em vigor. Os tempos assinalados nas grelhas anexas são indicados na unidade de 45
minutos, ficando ao critério de cada escola o estabelecimento de outra unidade, assim como a
adaptação aos limites pré-estabelecidos, mínimo por disciplina e máximo por carga curricular.

2º CICLO



3º CICLO  


 SECUNDARIO




3º ciclo



Secundário




terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Sugestões de visitas e passeios










 

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 ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS 
                                              
       na Quinta da Regaleira. De 25 de Abril a 30 de Setembro de 2012


Depois do sucesso de O Principezinho na Quinta da Regaleira, no verão de 2011 - 17.000 pessoas viram - a bYfurcação e a Fundação Cultursintra apresentam agora «ALICE, no país das maravilhas».
De 25 de Abril a 30 de Setembro de 2012 os monumentais jardins e edifícios da Quinta da Regaleira – um dos mais surpreendentes monumentos da Serra de Sintra, situada no termo do centro histórico da Vila – servirão de palco a esta história e constituirão o verdadeiro "país das maravilhas" onde a pequena Alice viverá as suas aventuras, numa produção, que pretende envolver toda a família numa inolvidável experiência de teatro de rua.
Este espectáculo tem a duração de 75 minutos, 10 actores e músicos. Contará com uma forte componente musical, marionetas, artes circences e gigantones, o público será convidado a participar entre guardas da rainha e um jogo de criquete gigante.

Aconselhamos a marcação antecipada visto no ano passado o espectáculo O Principezinho ter estado esgotado em várias sessões.


 DATAS
25 de Abril a 30 de Setembro 2012

PREÇO: 5€ / pessoa (escolas)

LOCAL
Marcações:

Quinta da Regaleira, Sintra
Avenida Barbosa du Bocage 5,
2710 Sintra  

DURAÇÃO:
75min aprox., sem intervalo

PÚBLICO-ALVO:  Espectáculo classificado para maiores de 4 anos.
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 A "ALDEIA DA TERRA" em Arraiolos




A "ALDEIA DA TERRA", é um Jardim de esculturas ao ar livre, cheias de cor, movimento e imaginação, criado pelos artistas Tiago Cabeça e Magda Ventura, a qual retrata cenas da vida quotidiana.
Este enorme “Presépio”, situado no sopé da vila de Arraiolos (Évora), é composto por milhares de pequenas esculturas em terracota. As personagens da ALDEIA DA TERRA, ganham vida em frente a quem os visita e até as crianças podem experimentar no barro criar a sua.
http://www.oficinadaterra.com/


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A Rota “No Condado dos Gamas” consiste numa visita guiada e comentada ao património histórico e cultural das terras de Vasco da Gama e seus descendentes.
A visita, que terá a duração de 1 dia, realizar-se-á aos sábados, mediante marcação, durante todo o ano.
Rotas dos GamasTendo como ponto de partida o Museu Municipal de Vidigueira, incluirá os vários monumentos ligados à memória de Vasco da Gama e seus descendentes, bem como outros locais de interesse. Assim, será obrigatória a passagem pela Igreja da Misericórdia, Torre do Relógio, Castelo, Quinta do Carmo (antigo convento de Nossa Senhora das Relíquias), Ermida de S. Rafael, exterior da casa do escritor Fialho de Almeida, villa romana de S. Cucufate e Museu da Casa do Arco.
Não faltará uma pausa para um almoço típico em que a gastronomia local estará presente, bem como, uma visita a uma adega e uma prova de produtos regionais no final do dia após visita ao Museu Municipal.
Os comentários e dados históricos da visita serão prestados por funcionários do Museu Municipal de Vidigueira, com formação na área de História, Arqueologia e Património.

Notas:
  • Mediante pagamento de 25€ por pessoa inclui almoço e prova de produtos regionais
  • Realiza-se ao Sábado
  • Mínimo de 8 participantes (marcações)
  • Marcações com, pelo menos, uma semana de antecedência
  • Tem início pelas 10h e termina pelas 17h-18h

Informações e Marcações:
Museu Municipal – 284437260 / 284437261
Posto de Turismo – 284434492

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Rota "Pelos Monumentos de Vidigueira"
Embora mais direccionada para o público infantil, no que respeita aos folhetos de apoio, bem como, aos materiais didácticos a apresentar, a Rota “Pelos Monumentos de Vidigueira” consiste num percurso pedestre que tem como objectivo dar a conhecer os vários monumentos que salpicam esta terra alentejana.
Monumentos de VidigueiraAssim, acompanhada e comentada, esta rota tem início no Museu Municipal e, de seguida, terá passagem pela estátua de D. Vasco da Gama, Paços do Concelho, Igreja da Misericórdia, Torre do Relógio, Bica da Cascata, Torre de Menagem e Igreja de S. Francisco.
Este percurso tem a duração de cerca de 1h30m, com paragens constantes permitindo a passagem de informação e o descanso entre monumentos.
Nota:
  • Rota Gratuita;
  • Mediante marcação;
  • Folheto informativo;
  • Montagem de puzzles dos monumentos no final (Museu);
  • Segundo solicitação, poderão ser efectuados ajustes a esta rota;
A Câmara Municipal e o Museu Municipal disponibilizam os seus técnicos no acompanhamento de outras visitas, tais como, às Ruínas Romanas de S. Cucufate ou a outros Monumentos do concelho sempre que solicitados.
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Miúdos: Museus para aprender e brincar! 

Quem disse que os museus são coisa séria? É verdade que dentro de quatro portas mostram mundos novos ou muito antigos, contam histórias e guardam muita sabedoria. Mas, são também espaços onde se pode aprender a brincar!

Há muito para descobrir nos museus de norte a sul do país através da brincadeira. Além das exposições habituais, muitos destes espaços dedicam parte do seu tempo e espaço a atividades lúdicas e divertidas para os mais pequenos. Conheça o lado mais divertido dos museus: Vamos descobri-los a brincar!
Museu do Brinquedo
Brinquedos do Espaço é a exposição mais recente que este museu especialista em brincadeira oferece a quem o visite. Apesar de serem "do espaço", são peças antigas, oriundas do pós-guerra, fabricadas em países como o Japão e a Rússia, que retomaram a sua produção nos anos 50. Estes brinquedos tornaram-se cada vez mais realistas e sofisticados. Com as sucessivas conquistas do espaço e o desenvolvimento da aeronáutica espacial, esses brinquedos de luz e som tornaram-se rapidamente efémeros e obsoletos. Nesta exposição, é possível olhar para o espaço como era visto no passado, e também apreciar os brinquedos usados pelos mais velhos quando eram pequeninos! O Museu do Brinquedo está de portas abertas de terça a domingo entre as 10h00 e as 18h00. Os bilhetes custam 2 euros para crianças e 4 para adultos.
Museu da Marioneta
Este é um museu de brinquedos, brinquedos mágicos que fazem teatro: as marionetas. Além de muitos atores de pano e muitas histórias, o Museu da Marioneta organiza domingos criativos. Os próximos são dedicados ao Carnaval e acontecem entre 19 e 21 de fevereiro, com a construção de uma marioneta para esta época. Esta formação custa 6 euros. Para já e até ao fim de janeiro, está patente uma exposição que revela o museu pelo olhar de vários ilustradores. O Museu da Marioneta abre ao público de terça a domingo, das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00. A entrada no museu custa 1,5 euros para crianças até aos 5 anos, 3 euros até aos 14 anos e 5 euros o bilhete normal.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Jardim de Infância de Vidigueira - Sala 3 Troca de eco-prendas


Jardim de Infância de Vidigueira - Sala 3
Troca de eco-prendas

Depois de termos escolhido, em casa, o que queríamos trocar (brinquedos, jogos, livros), levámos as prendas para a nossa sala e contámo-las. A seguir fizemos os números, para numerá-las e outros para colocarmos num saco e depois tirarmos à sorte.


Colocámos as prendas, já numeradas, junto da nossa árvore de Natal, que também foi feita com material reutilizável.

Chegou o momento de tirar cada um o seu papelinho

À procura do número igual…


O primeiro já foi encontrado!



Chegou o tão esperado momento de abrir. Surpresa!







terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Exposição de presépios

Exposição de presépios a merecer uma visita de crianças e  adultos, no Museu Municipal de Vidigueira, até 8 de Janeiro



Revisão da Estrutura Curricular




Revisão da Estrutura Curricular


O Ministério da Educação e Ciência apresenta hoje a proposta-base da Revisão da
Estrutura Curricular, dando assim início a um período de consulta pública. As
propostas agora apresentadas vêm dar continuidade aos ajustamentos efectuados em
Julho de 2011 concretizados no Decreto-Lei n.º 94/2011, de 3 de Agosto, na
organização curricular dos 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico. Pretende-se agora ir mais
além, concretizando medidas que ajustam os currículos às necessidades de um ensino
moderno e exigente, tendo em vista uma melhoria dos resultados escolares dos nossos
alunos e uma gestão racional dos recursos.
A etapa de revisão da estrutura curricular que agora se inicia abre caminho a
reformas curriculares mais profundas que permitirão melhorar significativamente o
ensino das disciplinas fundamentais. Neste sentido, criará as condições para uma
definição das metas de aprendizagem disciplinares e reformulação posterior dos
programas com vista a um trabalho consistente de alunos e professores na melhoria
da aprendizagem.

A revisão agora apresentada reduz a dispersão curricular, centrando mais o currículo
nos conhecimentos fundamentais e reforçando a aprendizagem nas disciplinas
essenciais.

Os pressupostos que orientam as medidas propostas assentam na definição de
objectivos claros, rigorosos, mensuráveis e avaliáveis, reorientando o ensino para os
conteúdos disciplinares centrais. Neste sentido, o desenvolvimento do ensino em cada
disciplina curricular terá futuramente como referência novas metas e novos
programas.

Esta revisão tem ainda como um dos seus princípios a redução do controlo central do
sistema educativo, apostando na autonomia gradual das escolas, no profissionalismo e
na liberdade dos professores relativamente aos métodos de ensino.

Entre as medidas agora propostas destacam-se as seguintes:
- continuidade do apoio ao estudo no 1.º ciclo, a par de outras actividades de
enriquecimento curricular;
- garantia de uma aprendizagem mais consolidada da língua inglesa, mantendo-a
como disciplina obrigatória ao longo de um mínimo de 5 anos;
- substituição da disciplina de Educação Visual e Tecnológica pelas disciplinas de
Educação Visual e de Educação Tecnológica, no 2.º ciclo, cada uma com programa
próprio e cada uma com um só professor;
- prestação de maior apoio ao aluno, através da oferta de apoio diário ao estudo no
2.º ciclo;
- antecipação da aprendizagem das tecnologias de informação e comunicação,
garantindo aos alunos mais jovens uma utilização segura e adequada dos recursos
digitais e proporcionando condições para um acesso universal à informação e
comunicação;
- aposta no conhecimento estruturante, mantendo o reforço da Língua Portuguesa e
da Matemática;
- eliminação do desdobramento em Ciências da Natureza, no 2.º ciclo, tendo em
conta que a actividade experimental a este nível pode ser efectuada com toda a
turma;
- aposta no conhecimento científico através do reforço de horas de ensino nas
ciências experimentais no 3.º ciclo do Ensino Básico colmatando, neste nível de
ensino, uma clara insuficiência de carga horária;
- alteração do modelo de desdobramento de aulas nas ciências experimentais do 3.º
ciclo, através de uma alternância entre as disciplinas de Ciências Naturais e de
Físico-Química;
- valorização do conhecimento social e humano, área essencial do currículo no 3.º
ciclo, reforçando as horas de ensino nas disciplinas de história e de geografia;
- eliminação da disciplina de Formação Cívica nos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e no
10.º ano, mantendo a relevância dos seus conteúdos de modo transversal;
- manutenção do reforço da carga horária nas disciplinas bienais da formação
específica, no Ensino Secundário, de Física e Química e Biologia e Geologia;
- actualização do leque de opções da formação específica, no Ensino Secundário,
tendo em conta o prosseguimento de estudos e as necessidades do mercado de
trabalho, criando disciplinas como, por exemplo, Programação informática;
- focalização da atenção do aluno no conhecimento fundamental, proporcionando uma
melhor gestão do tempo de estudo, com a coordenação das disciplinas no 3.ciclo e a
redução do número de disciplinas de opção anual no final do Ensino Secundário.
- liberdade para a escola na decisão da distribuição da carga horária ao longo dos
ciclos e anos de escolaridade.
- maior rigor na avaliação, através, nomeadamente, da introdução de provas finais no
6.º ano e do estabelecimento de um regime de precedências entre o Ensino Básico e
o Ensino Secundário.

O Ministério da Educação e Ciência está ciente de que o processo em curso é decisivo
para o futuro da educação em Portugal e só pode ser concretizado com o empenho e a
dedicação dos professores, dos alunos, dos encarregados de educação e de toda a
comunidade educativa. Neste sentido, é crucial que os parceiros do processo
educativo, estabeleçam diálogo e contribuam para a criação de consensos que
garantam a melhoria da qualidade do ensino, a fim de, através da racionalização dos
recursos existentes, sem precipitações, preparar o Futuro.


As medidas propostas concretizam-se em alterações às matrizes curriculares
actualmente em vigor, publicadas no Decreto-Lei n.º 94/2011, de 3 de Agosto, e no
Decreto-Lei n.º 50/2011, de 8 de Abril, em todos os ciclos de ensino, como pode
verificar-se nas matrizes anexas